Thursday, November 23, 2006

Rapidinhas e sem nexo (leia-se corretamente):
1. O Natal é a festa mais deturbada da face da Terra. Além da visão capitalista da coisa reinar, os shopping centers da vida enchem o saco tocando aquelas horrendas musiquinhas natalinas. As piores de todas são aquelas de Simone (Então é Natal...) e sua versão tocada em um cavaquinho;
2. Nunca pensei que a cerveja Itaipava fizesse tanto mal. Dá só uma olhada aqui.
3. Quem mora em Recife e adjacências sabe o que significa o Carro da Economia. Pois bem, quando eu morava lá no Triângulo das Bermudas Recifense, sempre passava um desses carros anunciando as ofertas e tocando uma música de Netinho altíssima: "... tô na varanda, amooooorrrr!!". Agora que moro em um lugar bem mais civilizado, o Carro da Economia do bairro passa e toca Beyonce: "... tonight I'll be your naughty girl, I'm calling all my girls...".
4. Depois de uma semana etílica passo a imaginar: se a evolução é favorável, não seria possível trocar um rim por outro fígado???
5. Amanhã é aniversário de um assíduo leitor desse blog e amigo com A maiúsculo.

Friday, November 17, 2006

There are no more good mornings

Fábio deve ter no máximo um metro e sessenta. Isso com boa vontade. Moreno escuro, cabelo com um topete amarelado por luzes caseiras, um cavanhaque desenhado e corpo que parece Batoré. Tricolor doente. Trabalha para uma patroa durona, carregando as sacolas de feira dos clientes do Mercadinho Novo Prado. É comum encontrá-lo empurrando um carrinho-de-mão pelas ruas ali do Triângulo das Bermudas Recifense (Prado, Bongi e Mustardinha), assobiando, sorrindo e acenando a todos os carros que tiram fino dele. Pode ser o sol do meio-dia ou o cansaço do final de tarde, ali está ele, na maior da boa vontade. É o exemplo de como encarar a vida. Basta aparecer lá no Mercadinho e falar com ele. Antes disso, é preciso desenrolar um daqueles apertos de mão que só o mala local consegue reproduzir. Lembrando que eu já fui um aborígine.
Oito e dez da manhã de uma sexta-feira, manhã nublada, dia pequeno para tantos afazeres. Sem contar a velha e boa ressaca do dia anterior. Elevador que sobe e apanha uma figura de terno e gravata, que ao adentrar não responde ao meu caloroso bom dia. Celular em punho começa a verborragia desenfreada, olho para a figura e uma veia da testa está saliente. Elevador pára na garagem e lá vai ele berrando ao celular. Oito e onze da manhã. Como uma pessoa pode começar bem o dia desta maneira?
Diante disso, fico pensativo ao refletir sobre minha vida. Trabalho em dois lugares, sendo um deles a minha verdadeira profissão. Tento desesperadamente fazer um upgrade no outro emprego, passando para o ensino dentro da minha área de formação. Corro de um lado para o outro, não tenho tempo para fazer o que eu gosto, para me exercitar e frequentemente me falta tempo para os amigos. Será que todo esse esforço é válido? Será que dinheiro realmente não traz felicidades? Será que nunca serei um Fábio da vida? Não sei mesmo. Apenas sei de uma coisa: da próxima vez não falo mais bom dia nem fodendo.

Tuesday, November 14, 2006

Acho que matei meu fígado

Foi só reencontrar a
Ju Lisboa, Diana, Serejo, William, Rafaela, conhecer a famosa Ivis (que para os íntimos é Aivis), Cecília, Matt (direto de Londres), Amanda e tantos outros blogueiros e não-blogueiros, que meu regime de cerveja foi para o beleléu. Uma semana etílica que só terminará quinta-feira, com a despedida de Matt, a morte do meu fígado e a volta do meu bucho. Ê lê lê.

Monday, November 06, 2006

ôxalá
Vocês já notaram que ultimamente ter uma religião virou sinal de status? Como se fosse uma maneira de ser perdoado(a) por todas as besteiras já feita nessa vida. Essa teoria fica mais clara se pensarmos em alguns artistas, não podendo esquecer que não só acontece a eles. Um grande exemplo disso se chama Baby (então Consuelo, hoje do Brasil), a maior porra-louca dos novos baianos, hoje é a fundadora de uma igreja evangélica. Depois de putariar durante anos, encher a cara de cachaça e cheirar farinha como ninguém, a dita cuja afirma que se encontrou com Jesus em pessoa. É, mó doideira mesmo. E pior, segundo palavras da própria: "Eu vi Jesus e Ele é o maior casca-grossa que existe.". Uma outra "artista" que virou evangélica é Monique Evans. Durante anos cultuou o estigma de putona-mor da televisão brasileira, apresentando vários programas eróticos e fazendo os maiores bacanais por trás das câmeras. Hoje, Monique Evans desistiu da sacanagem (?) e está prestes a estrear um programa evangélico. Outra desgraça entitulada de artista a fazer algo semelhante é Gretchen. Conhecida nacionalmente por esfregar o rabo em rede nacional por anos, Gretchen acabou de lançar um filme pornô (o La Conga Sex) e se diz uma fiel evangélica. São casos extremos como esses que me fazem pensar que o inferno deve mesmo existir. Virar crente, evangélico ou xangozeiro assim, de uma hora para outra, deve diminuir de alguma forma a culpa adquirida ao longo dos anos. Talvez a moda de se obter dinheiro fácil, através da religião, tenha batido à porta desses artistas em decadência. Vai saber, né?