Tuesday, February 26, 2008

BBB (Bundas, Bichas e Babacas)

O que faz o programa Big Brother Brasil um sucesso de audiência? Será a fórmula batida das últimas oito edições? Para compor os vagabundos que lá estão é preciso ter um determinado estereótipo, mesmo que você tenha que mudar. Haverá sempre a miss alguma coisa, o playboy musculoso, o negro do hip-hop, o gay praticamente assumido, o estudioso, o engraçado, o sem-sal, uma jornalista/relações públicas/promoter (gostosona, é claro), o interiorano, a nordestina, a pseudo-alternativa e o/a esportista. Uma condição é básica para o sexo feminino: ter peitões ou ter colocado uma quantidade razoável de silicone. Inteligência de menos, tetas de sobra. Ser burro/burra é normal. Falar errado, também. Aliás, faz mais sucesso. Se a mulher for mais ou menos, vai para o paparazzo. Se for escolhida no dedo, sexy ou playboy. Qual é a graça de tudo isso? E quem, em sua vida cotidiana, suada e corrida, vai parar por três meses para ficar confinado naquela casa?
Eu sou muito mais aquele programa do SBT, a Casa dos Artistas. Se eu fosse direto do extinto programa, saberia exatamente como torná-lo sucesso total. Imaginem uma casa fechada, completamente monitorada com: João Gordo, Dercy Gonçalves, Narcisa Tamborindeguy, Ceará (Sílvio Santos do Pânico), João Kléber, Bruna Surfistinha, Boris Casoy, Tiririca, Padre Quevedo, Henri Cristo e Penélope. E ai? Muito bom, hein?
Mesmo sabendo que todos nós devemos ter um momento de futilidade, prefiro fazer bom uso do meu curto tempo livre dos afazeres, aumentando a pilha de livros lidos e assistindo a Jamie Oliver e Os Simpsons. Viu? Ninguém é perfeito.